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As condições para fazer a inscrição nos minicursos são:

  • Está inscrito no Seminário;
  • ter pagado a taxa;
  • ter vaga;
  • que cada pessoa pode se inscrever no máximo em dois minicursos;
  • a inscrição ficará pendente de confirmação/deferimento via email.


As inscrições começarão no dia 12 de julho.

 

Veja a lista dos minicursos: 



1- Desafios metodológicos e éticos de pesquisa com mídias digitais - percursos teóricos e etnográficos - 40 vagas. 

VAGAS  ESGOTADAS

Dia 14/08 - 09h às 12h  

Profa. Dra. Larissa Pelúcio

 

Ementa:

Cada vez mais nós valemos das mídias digitais como campo e/ou ferramenta de pesquisa, lidando criativamente com estes recursos ao mesmo tempo em que vamos sendo convocado/as a elaborar metodologias mais afinadas a este dinâmico campo. Ainda que os fenômenos que estudamos existiam, em sua maioria, antes da internet é fato que pesquisas via mídias digitais têm suscitado novas questões epistemológicas e ontológicas para as ciências sociais. Neologismos (por exemplo, netnografia) têm sido cunhados na tentativa de dar conta desse novo cenário de trabalho, sem, contudo esgotarmos as discussões acerca do uso de conceitos clássicos das ciências humanas como os de indivíduo, sujeito, grupo, identidade, entre outros que já vem sendo colocados sob rasura antes mesmo do uso alargado dos recursos disponibilizados pela internet os quais, neste contexto, parecem ter sua capacidade heurística ainda mais abalada.

 O objetivo deste minicurso é justamente discutir esta dimensão teórico-metodológica a fim de aclarar conceitos, elencar questões suscitadas por campos específicos e propor metodologias valendo-se de trabalhos já realizados e, a partir deles, elaborarmos novos caminhos possíveis. Pretendemos dar ênfase às pesquisas que exploram comportamentos tidos como não-normativos, aquelas que lidam com sexualidades dissidentes, com usos diversos do corpo e aqueles que emprestam um lugar de relevo às relações de gênero. Acreditamos que este leque temático tem encontrado nas mídias digitais espaço importante de trabalho, considerando-se, ainda, a dimensão do segredo, da textualização de subjetividades e da constituição de espaços possíveis de sociabilidade. O minicurso almeja ainda suscitar discussões sobre ética em pesquisa relativas aos usos de mídias digitais.

Enfim, nas 3 horas de duração do minicurso trabalharemos com diferentes dinâmicas, as quais incluem exposição teórica; uso de recursos audiovisuais, discussões conceituais; rodada de questões suscitada pelas pesquisas das/dos inscritos/as; a fim de refinarmos conceitos, repensar práticas e sistematizar técnicas mais adequadas a esse campo dinâmico e desafiante.

 

 

2- Por entre dobras e desdobras: por uma metodologia queer - 40 vagas.VAGAS  ESGOTADAS

Dia 14/08 - 09h  às 12h

 Prof. Dr. Adriano de Léon


Ementa:

Teoria Queer; novos sujeitos; posição-sujeito; técnicas de investigação com adequação à Teoria Queer.

Objetivo:

Proporcionar uma visão da Teoria Queer a partir da adequação dos tradicionais procedimentos metodológicos de investigação a esta teoria.

Justificativa:

Minha prática de pesquisa tem mostrado que as metodologias tradicionais, sejam em que áreas do saber estiverem, não dão conta dos sinuosos trajetos dos sujeitos queer. Assim, as pesquisas são feitas num vasto campo de subjetividades e performances, porém a metodologias, na sua maioria, restringem os vários percursos dos sujeitos em suas transformações, suas performances, seus conflitos identitários, suas múltiplas identidades.

Proposta do mini-curso:

O mini-curso será uma oficina de formação teórico-metodológica, com ênfase na esfera da investigação e da análise. Terá 3 momentos:

1. Breve abordagem sobre o queer e suas facetas;

2. Apresentação de pesquisas desenvolvidas a partir da metodologia queer;

3. Proposta de projetos de pesquisa com base nesta metodologia;

 

Material didático:

1. Quadro branco

2. Projetor multimídia 

 

 

3- O erótico e o conhecimento do erro - Aliança demoníaca e a compulsão sem protocolo - 40 vagas
VAGAS  ESGOTADAS

Dia 14/08 -09h  às 12h

Prof. Dr. Hilan Bensusan


Ementa:

1. A noção de errância no âmbito do erótico
2. A compulsão e aquilo que pode ser protocolado
3. As alianças demoníacas e a instituição
4. O conhecimento do não-instituível
5. Hocquenghen e o desejo homossexual
6. O desejo, o conhecimento do desejo e o desinstituído
Se precisar uma coisa mais larga e detalhada me diz que eu escrevo em alguns dias, pode ser?

 


4- Abordagem teórica e técnica da fotografia digital como recurso para realização fotoetnográfica  - 30 vagas. 
VAGAS  ESGOTADAS

Dia 14/08 -  14h  às 17h

Prof. Dr. Gilson Goulart Carrijo

 

Ementa:

Área profissional: Professor de fotografia e de direção de fotografia

Titulação: Doutor em Multimeios pelo Programa de Pós-Graduação Em Multimeios, Instituto De Artes, Unicamp.

Instituição: Universidade Federal de Uberlândia – Pesquisador vinculado ao NEPHISPO (Nucleo de Estudo e Pesquisa em História Política e ao Programa Em Cima do Salto: Saúde, Educação e Cidadania.

Carga horária: 03 horas/aula

Objetivos

Este minicurso  tem por objetivo possibilitar melhor utilização de cameras fotograficas digitais para a realização de trabalhos academicos de registro e pesquisa tendo como eixo a noção de fotoetnografia. O termo fotoetnografia, conforme utilizamos, foi cunhado pelo fotógrafo e antropólogo Luiz Eduardo R. Achutti (1997;2004). Para o autor, a narrativa fotoetnográfica apresentaria os acontecimentos como ação, isto é, como algo que acontece dentro do plano da imagem e informa sobre um fazer da cultura, de forma a manter uma coerência interna ao tema proposto, utilizando a fotografia como recurso discursivo (narrativo), promovendo diálogos entre imagens, possibilitando que os planos conversem. “O que está explícito no primeiro plano ‘dialoga’ e pode demandar a participação complementar do que está no último plano” (ACHUTTI,1997, p.67). Ou seja, texto escrito e fotografias podem, segundo o autor, compor momentos distintos e solidários no sentido de uma produção de conhecimento estendida e alargada.

 

(...) deve se apresentar na forma de uma série de fotos que estejam relacionadas entre si e que componham uma sequência de informações visuais. Série de fotos que deve se oferecer apenas ao olhar, sem nenhum texto intercalado a desviar a atenção do leito/espectador (ACHUTTI, 2004. p. 109).

 

Para isto é necessário conhecimento teórico de prático das técnicas básicas e necessárias  à construção da imagem fotográfica,  especialmente  a fotografia digital. Assim o mini-curso tem por objetivos: proporcionar melhor utilização de  câmeras fotograficas digitais com seus diversos recursos tecnicos;  conhecer a noção de resolução de imagem digital e sua relação com a qualidade da imagem produzida;  entender as relações entre abertura de iris, velocidade de obturação e profundidade de campo;  fotometria e utilização do flash; oferecer noções basicas  de composição e enquadramento.

O minicurso contará com três momentos distintos:

1)      Noções basicas de utilização da camera fotográfica digital e seus recursos conforme descrito nos objetivos – 2 horas;

2)      Aplicação prática através do registro de um acontecimento dentro do campus da Universidade aplicando a noção de fotoetnogratia – 1 hora;

3)      Retorna à sala de aula para descarregar as imagens produzidas e avaliação do resultado tendo como referencia as questões tecnica envolvidas e a construção de uma narrativa fotográfica; encerramento – 1 hora.

Recursos necessários:

Sala de aula adequada a projeção de imagens.

Computador com projetor multimidia.

Todos os inscritos deverão portar maquina fotográfica digital.

 

Bibliografia de apoio:

 

ACHUTTI, Luiz Eduardo Robinson. Fotoetnografia: um estudo de

antropologia visual sobre cotidiano, lixo e trabalho. Porto Alegre: Tomo

Editorial; Palmarinca, 1997.

___________. Fotoetnografia da Biblioteca Jardim. Porto Alegre: Editora da

UFRGS/Tomo Editorial, 2004.

BATESON, Gregory e MEAD, Margaret. Balinese Character: a photographic

analysis. New York Academy of Sciences, 1942.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Fotografar, documentar, dizer com a imagem. In: Cadernos de Antropologia e Imagem. Rio de Janeiro: UERJ, NAI, 2004.

DUBOIS, Philippe. O Ato Fotográfico. Campinas, Sp: Papirus, 1994.

FELDMAN-BIANCO, B. e Leite, Mirian L. Moreira. Desafios da Imagem:

Fotografia, iconografia e vídeo nas ciências sociais. Campinas, SP: Papirus,

1998.

FRANCE, Claudine. Cinema e Antropologia. Campinas, SP: Editora da

UNICAMP, 1998.

KOSSOY, Boris. Realidades e ficções na trama fotográfica. 2 ed., São Paulo:

Ateliê Editorial, 2000.

MARTINS, José de Souza. Sociologia da fotografia e da imagem. São Paulo:

Contexto, 2008.

TRIGO, Thales. Equipamento fotográfico: teoria e prática. 2 ed., São Paulo, 2003.

 

5- Ao Sul da Teoria: queer nos trópicos-40 vagas.  VAGAS  ESGOTADAS

Dia 14/08 -  14h  às 18h 

Prof. Dr. Pedro Paulo Gomes Pereira – UNIFESP

Prof. Dr. Richard Miskolci – UFSCarlos


 Ementa:

O objetivo deste curso é debater a geopolítica dos estudos queer, em dois movimentos correlacionados. 

1) A Teoria Queer tem uma origem múltipla e multisituada. Ainda que a produção acadêmica norte-americana e da Europa tenha ganhado centralidade nas trocas globais, é possível reconhecer problemáticas queer emergentes na década de 1980 em vários países, inclusive no Brasil. Este minicurso pretende explorar nossa genealogia queer partindo da obra do pesquisador argentino-brasileiro Néstor Perlongher, em especial seus livros "O que é aids" (1987) e "O negócio do michê" (1986). A forma como Perlongher incorporou criativamente fontes francesas e norte-americanas para lidar com uma realidade do sul merece uma análise detida. Suas reflexões críticas sobre a sexualidade naquele período, em meio à emergência da epidemia de aids, e do amplo espectro de expressões sexuais que circulavam por nosso país, permitiram que reconhecesse nossa pluralidade polemizando com os que previam a hegemonia de um modelo gay de vida. 

2) Problematizar a potência e os limites da teoria queer. As indagações aqui seriam: Estamos validando essa geopolítica que nos colocaria diante de mais uma teoria do centro para as periferias (e que reinscreveria, noutras cores, esse divisor centro–periferia)? A própria persistência do termo em inglês sinalizaria uma geopolítica do conhecimento na qual uns formulam e outros aplicam as teorias? E como traduzir a palavra queer? Haveria possibilidade de o gesto político queer abrir-se para saberes outros ou estaríamos presos dentro de um pensamento sem que pudéssemos propor ou vislumbrar nada de novo? Como, enfim, pensar queer nos trópicos? Ou seja, no primeiro movimento indagaremos sobre a genealogia queer; no segundo, buscaremos ver como viajam as teorias.

 

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